Não é novidade que o mercado de componentes eletrónicos está já há algum tempo a atravessar uma crise nos stocks, e as placas gráficas são um dos recursos mais afetados. Existem algumas teorias que visam explicar o fenómeno e entre elas está, claro, a pandemia.
Com o aparecimento da Covid-19 as pessoas viram-se obrigadas a ficar mais tempo em casa, o que motivou um maior investimento em equipamentos eletrónicos.
Em simultâneo, grande parte das empresas viu-se obrigada a fechar portas ou a limitar o acesso às fábricas, o que comprometeu a fabricação destes componentes e, consequentemente, a sua disponibilidade no mercado.
Há, no entanto, outro fator que tem sido apontado como um dos maiores causadores desta crise, trata-se da mineração de criptomoedas ou mining, como também é conhecido.
Cenários como este são cada vez mais usuais um pouco por todo o mundo e na sua origem está a valorização das criptomoedas e a rentabilidade que os utilizadores obtêm, através da prática de mineração de blocos. Quantos mais equipamentos estiverem ligados em simultâneo, maior o retorno para os utilizadores, o que justifica este aumento da procura por placas gráficas.
No entanto, o desequilíbrio entre procura e oferta fez com que alguns equipamentos valorizassem até 300% face ao seu preço de mercado.
Com o objetivo de amenizar a situação, a Nvidea, um dos maiores fabricantes de placas gráficas a nível mundial, procurou desenvolver soluções específicas para a prática de mining mas admitiu que ainda assim esta crise se poderá prolongar até ao final deste ano.
Fonte:
Nvidia confirma que a escassez de GPUs ainda vai durar durante a grande parte de 2021