Recentemente, uma investigação realizada pela Kaspersky, coloca Portugal em segundo lugar no ranking mundial de ataques de phishing referentes ao segundo trimestre de 2020. Em primeiro lugar neste ranking encontra-se a Venezuela e atrás de Portugal, a Tunísia.
Em Portugal, segundo o boletim do Observatório do Centro Nacional de Cybersegurança de julho de 2020, foram registados cerca de 160 ataques de phishing, sendo os principais, ataques por malware e de acesso não autorizado. O sector mais afetado por estes ataques foi o da banca.
Este tipo de ataques, quando bem executados, podem ter consequências gravíssimas para as organizações, podendo toda a estrutura ser afetada, bem como os respetivos clientes e fornecedores.
O estudo da Kaspersky, mostra também que a pandemia do Covid-19 trouxe condições propícias ao desenvolvimento de novas estratégias de ataque, sendo esta crise de saúde pública um “pretexto” para os hackers solicitarem informações confidenciais e sigilosas às vítimas.
Surgiram por exemplo variados ataques às distribuidoras de correio e encomendas, uma vez que devido à pandemia, este tipo de organizações teve de recorrer ao uso mais frequente de canais digitais para poder comunicar com os clientes. Assim, houve um aproveitamento desta situação para enviar e-mails enganosos aos clientes fazendo-se os hackers passar por essas mesmas instituições.
Como já foi referido, as instituições bancárias sofreram também um aumento deste tipo de ataques. São enviadas mensagens falsas aos clientes oferecendo um conjunto de benefícios e regalias, de modo a compensar a crise despoletada pela pandemia, permitindo o acesso aos dados bancários das vítimas e roubo dos mesmos.
Pode assim afirmar-se que a pandemia afetou múltiplos sectores da nossa sociedade, deixando-os fragilizados e mais vulneráveis aos ataques por parte dos cybercriminosos.
Fontes: